Entalado entre o planalto do rio do Mouro e a Serra, Gave usufrui como sendo uma das portas de entrada para o Parque Nacional da Peneda/Gerês. Uma freguesia basicamente rural, essa entrada na serra vê-se manifestada através das suas terras amenas e férteis, em socalcos pelas encostas montanhosas.
Como tem sido habitual nas freguesias e não fugindo à regra, a de Gave igualmente recorre à Paróquia. Esta, que faz a definição da localidade em termos cronológicos, indica-nos que a freguesia não está documentalmente referenciada no século XIV, havendo no entanto a possibilidade da sua existência nessa época.
Santa Maria de Gave, assim chamada naquele tempo, estava como vigararia do reitor do Riba de Mouro, no termo de Valadares, Monção, sendo este na altura concelho, o que mais tarde, em 1855, viria a perder para Melgaço.
Teve o seu nome definitivo a partir de 1936, uma vez que, em alguns documentos da Época Moderna, lhe atribuíam o nome de Gavea. No entanto o início da seu topónimo foi muito atribulado e, segundo a opinião de alguns autores, o nome sofre uma corrupção de Gavião, Gávea, Gávia, Gábea, Gábia, Agabre, Agrabe ou até mesmo Cávia ou Cávea.
Entretanto, e com a proximidade com Gaveira, esta podia ter influenciado o nome. Contudo, uma última possibilidade com boa aceitação, o nome Agabre ou Agrabe, deriva do Latim Grave, o que significa pesado, custoso, penoso, doloroso. Significados que se identificam com a região, pois era muito penoso o carregamento do que quer que fosse.
Este ponto está situado na localidade Gave, na freguesia Gave.
(Distância: 199 m S)
A Igreja Paroquial de Gave só muito tarde, durante o século XVIII, é referida pelas Memórias Paroquiais. Destaca-se a torre sineira num plano mais recuado, com dois registos separados por cornija e cunhais apilastrados, com o campanário de quatro sinos.
(Distância: 476 m SE)
Antecedida por uma grande escadaria, não há qualquer indicação relativamente ao seu historial ou à sua cronologia. É de planta retangular de uma só nave, delimitada por pilastras nos cunhais, rematados por pináculos e um frontal contracurvado.
(Distância: 1 km N)
(Distância: 2 km N)
Existem alguns vestígios da época romana e até da pré-história, que podem indicar o início da ocupação humana da região. Quanto ao nome Cousso, pode provir do árabe Cançon ou do termo clássico Couto, terra coutada.
(Distância: 2 km E)
Não havendo informações históricas sobre esta igreja, aparentemente pertence ao século XVIII. Com a fachada orientada a poente, destaca-se a torre sineira com um relógio na parte inferior e quatro sineiras na superior.
(Distância: 2 km E)
A região de Parada do Monte beneficia da sua posição junto do Parque Natural da Peneda-Gerês. Teve ocupação humana desde o neolítico, incluindo pelos romanos, sendo conquistada por D. Afonso Henriques no século XII.
(Distância: 3 km SE)
Branda é um nome que abrange um complexo sistema antigo de transumância das Serras do Soajo e da Peneda/Gerês e as suas encostas. É um núcleo habitacional sazonal, neste caso de veraneio, funcional durante a época de Verão.
(Distância: 3 km W)
São Pedro de Maur, assim denominada no século XIII, o desenvolvimento do território ficou devido aos monges de Paderne e a Família do Solar dos Quintelas, em que Riba de Mouro entre os séculos IX e XII tinha sido fundada como freguesia.
(Distância: 3 km W)
Na estrada municipal número 1124, entre Riba de Mouro e Badim, vamos encontrar esta edificação da arquitetura civil, a Ponte da Veiga, que atravessa o rio Mouro. Uma construção toda em pedra formada por dois arcos de volta perfeita, e que possui entre eles o corta-águas.
(Distância: 3 km W)
Este lavadouro foi recentemente restaurado, contrariando o habitual de estarem abandonados ou desaparecerem. Apresenta-se de um só tanque retangular, com a abertura igualmente retangular, no acompanhamento do tanque.