No extremo norte de Portugal, em que tem a Espanha como vizinha separada simplesmente pelo rio Troncoso, a Freguesia de Fiães tem a sua ascendência populacional a dever-se ao seu Mosteiro Beneditino de Santa Maria de Fiães. Assim era chamada a antiga freguesia, em que era curato de apresentação deste mesmo Mosteiro.
No entanto, quando a localidade remonta a tempos anteriores à Nacionalidade, acaba por deixar bastantes dúvidas sobre determinadas questões. A começar pela cronologia do Mosteiro, cuja possíveis datas não são tão diferenciadas, mas que todas elas correspondem ao século IX.
O que não resta dúvidas é de que Fiães já era couto antes da Nacionalidade, o que veria a ser reforçado em 1173 com D. Afonso Henriques, isentando por isso os moradores de pegarem em armas. Estas leis foram seguidas pelos Reis seguintes.
Quanto às origens do topónimo, também deixa algumas dúvidas. Existem várias teorias, como a do padre Aníbal Rodrigues que avança como de Feno (terreno onde se produzia o feno), de Fidelanis (gente de muita Fé) ou até Fiandeiras ou Fiandeiros (cultivadores de linho e tecelões de teares caseiros).
Uma outra teoria defendida por Pinho Leal, em que Fian, Fiãa, Fiaam, Ffia, Sfiãa e Fiada, são todas palavras oriundos do português arcaico que significa um vaso de barro chato e redondo que depois se chamou almofia. Este nome antigamente servia para pagar certa medida de cereais e também de manteiga. Dezasseis fiães faziam um alqueire e, segundo a opinião do autor, é provável que aqui se pagasse este foro, pelo que então se dizia terra de Fiães ou que paga Fiães.
Por todas as teorias que possam existir, a localidade de Fiães assim continuou durante todos estes séculos. Teve o seu título de Couto, claro está, perdido no decorrer dos anos, mantendo-se atualmente classificada como aldeia. Mantém também a grandiosidade que foi em tempos, de um Mosteiro Beneditino conhecido como de Fiães, em que a sua Igreja serve de Paroquial da localidade.
Este ponto está situado na localidade Adedela, na freguesia Fiães.
(Distância: 42 m N)
Esta Capela de Adedela não tem informações ou um historial, no entanto está em bom estado e com a área circundante bem tratada. Salienta-se a sineira sobre a fachada quadrada de quatro sinos e com um remate piramidal.
(Distância: 913 m NW)
Uma pequena capela, enquadrada no meio rural, salienta.se a fachada truncada pela sineira e a sacristia adossada ao lado direito junto com uma pequena escada para acesso ao interior.
(Distância: 2 km W)
Igreja do mosteiro da Ordem de Cister, foi construída na primeira metade do século XIII e reformada nos séculos XVII e XVIII na fachada e no interior das naves.
(Distância: 3 km N)
Não há informações históricas sobre a igreja. Pouco habitual nos templos religiosos, a torre sineira encontra-se adossada às traseiras da igreja. A fachada é aberta pela porta em arco encimada de uma janela retangular e terminada na cruz.
(Distância: 4 km N)
Situada quase na ponta mais a norte de Portugal, a freguesia de Cristoval, teve os seus momentos de glória no início da Baixa Idade Média, sendo o seu topónimo de São Martinho de Cristoval de origem Galega.
(Distância: 4 km N)
No ponto mais alto da freguesia, no monte do Facho, encontra-se a Capela de Nossa Senhora de Fátima, que teve origem num nicho erigido pela devoção e para proteção de todos aqueles que contrabandeavam.
(Distância: 4 km NW)
Situada face à Estrada Nacional 301, perto da fronteira entre as antigas freguesias de Paços e Chaviães, não há informações sobre a capela. Destaca-se a fachada frontal limitada por pilastras em cunhais rematada por empena truncada por uma sineira.
(Distância: 4 km N)
Igreja Matriz de Paços, dedicada a Santa Ana, é uma construção do século XVII. Foi devastada por um incêndio poucos anos depois da construção. Com as Inquirições Paroquiais em 1758, a freguesia já pertencia ao Arcebispado de Braga.
(Distância: 5 km N)
A Capela de São Gregório, uma construção do século XVII ou XVIII, passou a ser mais conhecida por Santa Bárbara, mantendo no entanto os dois nomes comuns. Salienta-se na fachada a sineira a truncar a empena.
(Distância: 5 km N)
Estas são antigas casas de fronteira, a última localidade antes de se passar para Espanha. Tendo as fronteiras deixado de ter sentido, estas casas estão ao abandono. A Câmara Municipal de Melgaço tem já um projeto para a sua recuperação.