A Capela da Senhora da Piedade, antigamente uma ermida sob o nome de Virgem da Piedade, situa-se próximo da localidade de Quintã, freguesia de Baltar. Existe uma referência a esta capela, de 1600, que refere a Ermida de Nossa Senhora, e outra de 1758 designando a Ermida da Senhora da Quintã.
A designação atual, Capela de Nossa Senhora da Piedade, é de 1864.
Justificando o nome de ermida, por se situar num local ermo no tempo da sua construção, é composta por nave única e capela-mor.
A capela-mor foi construída numa primeira fase na transição para o gótico, provavelmente no século XIII ou início do XIV, no chamado românico de resistência. A nave terá sido acrescentada numa data posterior, na era moderna.
Enquanto os silhares da capela-mor são regulares e bem esquadriados, os do corpo da nave são irregulares, caraterística que, em conjunto com a decoração da capela-mor e a sua falta na nave, mostram a sua construção em épocas diferentes.
As estreitas frestas da capela-mor permitem iluminar o interior da capela.
Notam-se os cachorros na capela-mor, de estilo gótico, sobrepostos pela cornija com motivos florais.
O portal principal oeste, em arco quebrado e aduelas de perfil irregular, não mostra qualquer decoração, tal como o portal sul.
Além das portas não existem mais aberturas na nave ao contrário da capela-mor que tem as estreitas frechas para iluminação. A empena triangular, da fachada oeste, é interrompida no vértice pelo campanário com uma sineira encimado por uma cruz.
O interior da capela é muito simples, tendo no entanto sofrido transformações ao logo dos tempos.
O arco triunfal contém frisos antigos, com motivos florais, mas o restante foi transformado na era moderna. O púlpito, no lado do evangelho, de cantaria com guarda em madeira.
Na parede fundeira nota-se uma fresta sobreposto de um nicho com a pequena imagem do orago.
(Fotos de interior inseridas com autorização da Rota do Românico)
Em 2015 e 2016 a capela, tal como o espaço envolvente, foram valorizados pela integração na Rota do Românico.
Esta capela faz parte da Rota do Românico, tendo o número 14 do Percurso do Vale do Sousa.
Este ponto está situado na localidade Baltar, na freguesia Baltar.
(Distância: 1 km W)
Esta anta é de grandes dimensões, datada do III milénio a.C. Nela existem diversas pinturas a vermelho e preto. Atualmente está no Museu de História Natural da Faculdade de Ciências do Porto. Neste local resta apenas a mamoa.
(Distância: 1 km SE)
Estas seis arcas tumulares, fora do Mosteiro de Cete, estão compreendidas entre os séculos XII e XV, marcando por isso o final do românico.
(Distância: 1 km SE)
Com outras designações como Igreja de São Pedro de Cete, Igreja Paroquial do Mosteiro de Cete e Mosteiro de Cete, é mais um belo e magnífico exemplar românico, sendo considerado um dos mais antigos de Portugal.
(Distância: 2 km W)
Na sua simplicidade de traça neoclássica, este é um dos muitos templos que apresenta uma interessante e pequena história de aldeia, com pouco relevância, mas que se deve ter em conta para uma visita descontraída e de passagem se for o caso.
(Distância: 3 km N)
Este aqueduto, do século XIX, é formado por caleiras escavadas, que assentam em pilares verticais, fazendo transportar a água de um ponto inicial determinado como minas até um ponto final, à semelhança de tanques.
(Distância: 3 km SE)
Esta capela foi erguida num local ermo no XV ou XVI, no românico de resistência, vendo-se no exterior os contrafortes dos ângulos da cabeceira, típico dessa época.
(Distância: 4 km SE)
Este cruzeiro está situado num pequeno largo, não muito longe do Mosteiro. Eleva-se sobre um pedestal quadrangular de cinco degraus.
(Distância: 4 km SE)
Uma pequena ponte romana de um só arco de volta perfeita, atravessa o que em tempos era um rio e que agora não passa de um riacho.
(Distância: 4 km SE)
Sendo a Igreja do Mosteiro também a Matriz de Paço de Sousa, é conhecida como Igreja do Salvador. Está incluído na Rota do Românico.
(Distância: 4 km NE)
Este edifício foi construído na segunda metade do século XIX, mais precisamente em 1866, por um benemérito de seu nome Joaquim Ferreira dos Santos, mais conhecido por Conde Ferreira ou Conde de Ferreira.