Paço dos Duques de Bragança, uma verdadeira e singular obra, exemplar único na Península Ibérica. A sua localização pode levar-nos a uma interpretação mais distante no que respeita à sua edificação, atraiçoando-nos na memória o tempo correspondente.
Esta construção deu-se na primeira metade do século XV, provavelmente entre 1420 e 1422, pela mão de D. Afonso, Conde de Barcelos, e que mais tarde seria o futuro Duque de Bragança, sendo este filho ilegítimo de D. João I. Este facto deve-se ao casamento com a sua segunda mulher, D. Constança de Noronha, para fins residenciais de ambos, uma vez que se fixaram em Guimarães.
Com uma estrutura um pouco indefinida e com uma construção que nunca foi uniforme, a edificação do Paço surge a partir do pátio quadrangular, com as alas laterais a albergarem as dependências mais importantes, atirando a capela para o lado oposto da entrada, e sendo por isso o elemento melhor conservado que chegou aos nossos tempos.
A ideia de uma certa monumentalidade exigida no projeto inicial para o Paço teve seguimento com D. Fernando, o segundo Duque de Bragança, quando este acrescentou mais um piso sobre a porta principal, devendo-se igualmente a rigorosa simetria em altura de todo o edifício.
As dependências compreendem duas grandes áreas divididas em altura em que no primeiro piso se situam as do serviço e apoio, e para o segundo piso, as habitações nobres, estruturadas a partir da capela, em áreas para o Duque e Duquesa.
Contudo, a monumentalidade do edifício acabou por se tornar num verdadeiro estorvo, porque a funcionalidade do Paço durou muito pouco tempo. Ainda neste mesmo século XVI ocorreu a transferência do Duque de Bragança para Vila Viçosa, o que determinou o encerramento por largos períodos e, no século seguinte, por autorização régia para a utilização da sua pedra.
A degradação do edifício continua a realizar-se nos séculos seguintes, continuando a sua pedra a ser retirada e dispersada para várias obras da cidade. Aliado a este, estava o estado de degradação a que foi sujeita para novas funcionalidades, como aconteceu com a presença de um quartel a partir de 1807, ao ponto de, no início do século XX, a estrutura medieval se encontrar irremediavelmente corrompida.
Neste mesmo século, mais concretamente em 1937, deu-se talvez o verdadeiro milagre, com o radical restauro do Paço a cargo do arquiteto polémico mas revitalizador Rogério de Azevedo, seguindo a mestria de outros Paços Medievais estrangeiros e na condição de manter a monumentalidade deste edifício.
Atualmente o Paço dos Duques de Bragança encontra-se reconvertido em museu.
Em 1910 foi classificado como Monumento Nacional.
Este ponto está situado na localidade Guimarães, na freguesia Oliveira, São Paio e São Sebastião.
(Distância: 72 m N)
Construção do início do século XII, mandado pelo Conde D. Henrique, de estilo românico de construção arquitetónica simples e de pequenas dimensões.
(Distância: 138 m NW)
Situada em plena colina sagrada, ocupa espaço do edifício construído como convento no século XVII, mais tarde transformado em Hospital.
(Distância: 151 m N)
Este castelo é um dos símbolos mais representativos de Portugal como a não menos importante figura da nação como é a de D. Afonso Henriques, que mudou o rumo desta parte do território.
(Distância: 270 m S)
Foi um dos conventos mais ricos de Guimarães, instituído no século XVI pelo Cónego Mestre Escola da Colegiada de Nossa Senhora da Oliveira.
(Distância: 391 m SW)
Pelo que reza a história, a estátua da Virgem Santa Maria foi trazida para Guimarães pelo Apóstolo São Tiago para um templo pagão existente num largo, que mais tarde viria a chamar-se Praça de Santiago.
(Distância: 412 m S)
Situada no núcleo histórico de Guimarães, com a fachada principal para o Largo da Oliveira, a sua edificação iniciou-se no reinado de D. João I no séc. XIV, com uma remodelação no século XVIII.
(Distância: 422 m S)
Foi mandada reedificar por D. João I, em finais do século XIV, pelo voto que este Rei fez à Virgem da Oliveira, pela sua vitória na Batalha de Aljubarrota.
(Distância: 432 m S)
Padrão do Salado é um monumento comemorativo em estilo gótico, mandado edificar por D. Afonso IV pela vitória na Batalha do Salado travada em 1340.
(Distância: 447 m NE)
A Igreja de S. Dâmaso começou a ser construída no século XVII e terminou no século seguinte.
(Distância: 632 m SW)
A partir do século XVII, foi o primeiro largo existente extramuros, junto da porta principal da vila, onde começaram a realizar comercio de bovinos e outros produtos.